quinta-feira, 21 de abril de 2011

- Uréia e creatinina - Medicina

Avaliando a função renal verificando valores normais no sangue.

Resultado de Antônio Fábio de 08.03.2010:                              
Ureia:     54.0 (Elevado)  (referência 15 a 40)
Creatinina:     1.7 (Elevado) (referência 0.4 a 1.3)
A creatinina é um importante parâmetro para diagnosticar vários problemas renais.
A uréia  não é tão específica para avaliação da função renal como a creatinina.
Os dois exames geralmente são solicitados durante a consulta em casos de suspeita clínica de alterações das características renais do paciente, pois a concentração de creatinina sérica é mais sensível e tem especificidade maior do que a concentração da uréia sérica, por isso, freqüentemente a quantidade de creatinina presente no sangue é proporcional a gravidade da doença.
Os valores da uréia estão aumentados em casos de insuficiência renal aguda ou crônica, choque, insuficiência cardíaca congestiva, desidratação acentuada, catabolismo protéico aumentado, perda muscular, alguns medicamentos também podem causar aumentos da uréia (tetraciclinas com uso de diuréticos, é um caso).
No caso da creatinina os valores aumentados indicam diminuição da função renal, perceba que é  necessária a perda da função renal em pelo menos 50% para que ocorra elevação dos níveis de creatinina, desidratação e choque, obstrução do trato urinário, intoxicação com metanol, doenças musculares (rabdomiólise, gigantismo, acromegalia, etc.).
No diabete melito (DM), ocorrem muitas complicações nos órgãos alvo:  
retinopatia nos olhos
hipertensão, infarto e anginas no coração
obstruções das artérias dos membros no sistema vascular
nefropatia no rim.

Que é?
A nefropatia diabética é a doença renal que ocorre nos pacientes diabéticos. Cerca de 35-45% dos pacientes com diabete melito insulino-dependentes e 20% dos diabéticos não insulino-dependentes desenvolvem doença renal após um período superior a 10 anos de diabete. A doença renal no diabético pode se desenvolver lenta ou rapidamente, levando o paciente à insuficiência renal crônica. O declínio funcional do rim dos diabéticos pela nefropatia é previsível e progressivo. Depois de instalada a nefropatia, a perda mensal da função renal varia de 0,5-1%. A lesão renal caracteriza-se por atingir o filtro renal (glomeruloesclerose) e com isso surge a perda renal de proteínas pela urina (proteinúria) de grau variado. Com a deterioração da filtração glomerular, surge a insuficiência renal, quase sempre acompanhada de hipertensão arterial.
Como se manifesta?
A doença renal no diabético se inicia pelo descontrole crônico da glicemia. A hiperglicemia exagerada ultrapassa a capacidade do rim de poupar glicose, permitindo perdê-la pela urina (glicosúria). O trabalho aumentado pelo excesso de glicosúria faz o rim crescer de tamanho, sendo este o primeiro sinal de alteração encontrado nos exames de imagem. Até mesmo com compensação adequada do açúcar sangüíneo, lesões mínimas vão ocorrendo no rim durante um período de 2 a 3
anos sem manifestação clínica ou laboratorial.
A fase seguinte de instalação da nefropatia diabética se dá pelo aparecimento de proteínas na urina sob a forma de microalbuminúria. Esse período de pequenas perdas de albumina na urina pode durar de 5 a 10 anos. Com o avançar do tempo, a proteinúria aumenta muito e surgem sinais de insuficiência renal com elevação da uréia e creatinina no sangue. Assim, a doença renal crônica já instalada avança irreversivelmente até a insuficiência renal final.
EmResumo, os pacientes hiperglicêmicos apresentam-se com grande volume urinário (poliúria) e hiperglicosúria. Esta situação aumenta muito o trabalho do rim e acarreta, como conseqüência, um aumento do tamanho renal. Por isso, nos diabéticos eles são grandes. Nas revisões laboratoriais de rotina dosdiabéticos, procura-se sempre a perda de proteínas. Quando surge a microalbuminúria, iniciam-se, também, as lesões de esclerose do glomérulo que, com o tempo, tornam-se difusas e aumentam a perda de albumina na urina.
Como se diagnostica?
Os diabéticos podem ser insulino-dependentes ou não insulino-dependentes. Ambos os tipos de diabéticos devem realizar exames de urina freqüentes para detectar a microalbuminúria, que é o indicativo precoce de nefropatia diabética. Assim, a perda de proteínas na urina é fundamental para diagnosticar a doença renal do diabético. A presença de uréia ou creatinina elevadas só ocorre quando o rim já perdeu mais de 50% de sua capacidade funcional. À medida que cai a função renal, podem surgir hipertensão arterial , edema, hematúria e infecção urinária.
 Como se trata?
O manejo adequado da nefropatia diabética depende do estágio em que ela se encontra. O médico avalia cada caso e determina o tratamento necessário que inclui sempre:  
controle rigoroso do açúcar no sangue com o uso de insulina ou drogas específicas;
manutenção da pressão arterial o mais normal possível;
nutrição dietética adequada principalmente dos açúcares, proteínas e sódio (sal) e
uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina para manter níveis de pressão arterial normais.
O objetivo do tratamento da nefropatia diabética constitui-se na prevenção ou redução da velocidade de progressão para insuficiência renal crônica que, depois de instalada, só tem duas opções de tratamento: 

Considerações

As considerações expostas neste texto servem como simples consulta superficial, o resultado baixo, normal ou alto de seu exame só poderá ser interpretado corretamente pelo seu médico, pois ele fará a correlação deste valores encontrados pelo laboratório com a condição clínica ou sintomas gerais verificados por ele no momento da consulta, assim chegará a um diagnóstico.

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