quarta-feira, 15 de setembro de 2010

- Linhaça - Cultura

PROPRIEDADES DA LINHAÇA  - RECEITAS

Caricatura do autor (Antônio Fábio)























Aqui em casa fazemos uso de tudo isso.

- Como construir uma Mosquitérica

COMO CONSTRUIR E USAR UMA MOSQUITÉRICA




1º - Pegue uma garrafa PET de 2 litros e faça dois cortes conforme figura ao lado.

O primeiro corte dever ser feito +/- 1 cm abaixo do final da curva superior da garrafa. Após esse corte você
terá a primeira peça da Mosquitérica; um FUNIL. O segundo corte (na parte de baixo da garrafa), deve ser feito 2 cm mais alto que o tamanho do funil. Após esse corte você terá a segunda peça da Mosquitérica; um COPO.
DICA: na garrafa de coca-cola, retire quase toda a parte lisa do meio. Os pedaços que  sobrarem serão o funil e o copo. Veja pela foto.

2º - Retire o anel da ponta da garrafa (funil) sem quebrá-lo. Ele terá utilidade  mais tarde.
 
4°-  Recorte de um pedaço de +/- 7cm x 7cm de microtule ou de tela mosquiteiro fina com a trama (furinhos) de no máximo 1mm de diâmetro.
Depois cubra a boca do funil com essa telinha, e use o anel (que retirou no 2° passo) para prendê-la. Depois, com uma tesoura retire as sobras ao redor do anel. Veja foto (ampliada) a seguir.

IMPORTANTE:
- o microtule é um tecido mais fino que o tecido tule (filó), usado para fazer véu de noiva.
DICA: algumas pessoas estão vendendo tule (tecido usado para fazer o véu de noiva) como se fosse microtule, então sugerimos que chegue na loja e peça o tule, para depois então, pedir o microtule. Assim poderá comparar e ter certeza de qual é o microtule; aquele que tem a trama (furinhos) menor que o tule.
- a tela-mosquiteiro fina é aquela que se usa nas janelas para impedir a entrada de mosquitos, mas, é importante que a trama (furinhos) dessa tela não tenha o diâmetro maior que 1mm.



5º - Agora tem que colocar o alimento para as “futuras” larvas. Sombra e água limpa e com alimento para os futuros “bebês”; só assim a fêmea do mosquito vai colocar os ovos na Mosquitérica.
Para isso, pegue dois ou três grãos (sementes) integrais e crus e triture-os com a ajuda de um martelinho ou um alicate.
Obs.: os grãos (sementes) podem ser de preferência arroz integral ou  alpiste, ou uma bolota de ração para
Gatos; caso não tenha nenhum desses pode usar o arroz comum, ou um feijão, ou sementes de capim, sempre triturados. A diferença será apenas no tempo em que a refeição está pronta para os bebês.

IMPORTANTE: OS GRÃOS NÃO PODEM SER COZIDOS, assados: tem que ser obrigatoriamente integrais e crus.
Depois de triturá-los, coloque os pedacinhos dentro da parte de baixo da garrafa, que agora serve como um copo.

6º - Depois de ter colocado os pedacinhos de grãos triturados dentro do copo (parte de baixo da garrafa), coloque o funil com a ponta virada para baixo até tampar a boca do copo.
Depois prenda o funil no copo usando fita isolante. Essa emenda deve ser vedada totalmente. Não pode deixar nenhum vão nessa união. Se precisar dê duas voltas com a fita isolante, para prender e vedar bem a boca do copo com o funil.

7° Calcule mais ou menos o meio do copo, faça uma marca (1) e preencha com água limpa até essa marca.
Obs.: a água deve ser filtrada e sem cloro.
Dica: ferva a água para sair o cloro, depois espere esfriar bem antes de colocá-la na Mosquitérica.
Pronto, a Mosquitérica está pronta para ser usada.

Agora, onde colocar a Mosquitérica?
Resposta: sempre na sombra. De preferência dentro de casa ou bem próximo, em local sombreado (lembre-se que os Aedes aegypti são mosquitos domésticos, encontrados principalmente atrás de cortinas, móveis e em locais próximos ao chão).
IMPORTANTE: as fêmeas hematófagas dos mosquitos percebem onde está a fonte de alimento pelo calor emitido pelas partes descobertas do corpo, calor este detectado por cerdas anatômicas dos mosquitos que funcionam como sensores de infra-vermelho. Portanto, se alguém está com dengue e desenvolve febre é sinal que está com viremia (carga viral alta no sangue). Com febre, a aura de infra vermelho do corpo é maior e, portanto, é melhor percebida pelas fêmeas, que ao sugarem o sangue dessas pessoas infectam-se e vão infectar outras pessoas. Por isso, o uso de mosquiteiros nas camas de pacientes com suspeita de dengue deveria ser uma providência de caráter obrigatório!

Manutenção - Após alguns dias de uso, é bem provável que já tenha alguma desova do mosquito na Mosquitérica.
Para que desses ovos sejam liberadas as larvas, é necessário aumentar o nível da água. Então, coloque mais uns dois ou três centímetros de água.
Manutenção - Após alguns dias de uso, é bem provável que já tenha alguma desova do mosquito na Mosquitérica.
Para que desses ovos sejam liberadas as larvas, é necessário aumentar o nível da água. Então, coloque mais uns dois ou três centímetros de água.
Depois, com o tempo, o nível da água vai diminuindo (evaporando) até chegar novamente ao primeiro nível (1). Quando isso acontecer, você pode repetir o processo colocando mais água até o nível (2), ou se ver que tem larvas ou moscas dentro da Mosquitérica, é melhor descartar a água conforme as instruções a seguir:
Como fazer o descarte da água: Primeiro, agitar bem a Mosquitérica para matar (afogado) qualquer mosquito que possa ter se desenvolvido dentro dela, depois abri-la retirando a fita isolante e despejar toda a água com os mosquitos mortos, larvas e pupas, na terra, de preferência onde bate sol. Se não tiver terra, após agitar a água para "afogar" os mosquitos adultos presentes, coloque detergente na água, agite bem, aguarde alguns minutos e observe se as larvas morreram, ficando totalmente imobilizadas. Então o líquido pode ser descartado no vaso sanitário. Depois, passe a lixa novamente dentro do funil para destruir possíveis ovos que possam ter ficado grudados ali. Por fim, lave tudo com água e sabão.
Use sua Mosquitérica o tempo que for necessário, até perceber que não aparecem mais mosquitos nela, e confirmar que em sua região não existe mais nenhum caso de Dengue. Mas, lembre-se, nunca deixe nenhuma coisa que possa ficar com água parada e descoberta, inclusive a própria Mosquitérica quando não estiver mais usando; só assim poderemos acabar com a proliferação desse mosquito transmissor de doenças sérias.
ATENÇÃO: Como em biologia não há nada absoluto, pode ocorrer de uma ou outra larva ficar fora do padrão de tamanho, e com isso aparecer no funil, acima da tela de microtule. Caso isto aconteça, é só descartá-la na terra e depois repor a água. Por isso, não é só fazer a Mosquitérica, mas faz parte do processo de cidadania responsável vigiá-la, pelo menos, a cada 3 dias. Se a população abraçar essa causa, de forma unânime, em um mês acabaremos com os Aedes aegypti em nosso ambiente.
DICA: para saber se as larvas que estão dentro da Mosquitérica são do mosquito Aedes aegypti, use o feixe de luz de uma lanterna e ilumine-os; se as larvas se retorcerem demonstrando incomodadas, então essas são do mosquito Aedes aegypti.
Obs.: Este manual contou com a colaboração do Prof. Maulori Cabral e da Profa. Maria Isabel Liberto, do Instituto de Microbiologia Prof. Paulo de Góes da UFRJ

3° - Lixe o interior do funil até que ele fique bem embaçado, com a superfície áspera.

- Mosquitérica

MAIS VOCÊ FAZ ALERTA PARA OS PERIGOS DA DENGUE

15.SET.2010
                          UTILIDADE  PÚBLICA




Microbiologista Maulori Cabral


            Você achava que a dengue estava sob controle? Pois saiba que não está, não, e os números são bem preocupantes. O último balanço do Ministério da Saúde, relativo aos meses de janeiro a julho indica que já são 789 mil casos contra 305 mil no mesmo período de 2009. Um salto de quase 160% de um ano para o outro.
            São oito os estados brasileiros que concentram 75% das notificações de casos de dengue no Brasil: Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Os seis primeiros apresentam as mais altas incidências, ou seja, mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes. São Paulo e Minas Gerais se destacam pelo número absoluto de casos. São Paulo com 187.460 e Minas com 182.789 notificações.

Dengue neurológica
E uma das descobertas mais preocupantes foi a de um tipo de manifestação da dengue difícil de ser identificada e perigosa: a dengue neurológica ou neurodengue. O paciente pode até perder os movimentos do corpo ou ter dificuldade para respirar. Não se trata de uma nova doença, mas de uma complicação da dengue tradicional. Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, de 1% a 5% dos casos de dengue podem desenvolver a forma neurológica. O importante é que tem tratamento e por isso o médico precisa ser bem informado dos sintomas.

Diante de dados alarmantes, Ana Maria chamou o doutor Maulori Cabral, que é um incansável pesquisador da dengue e especializado em microbiologia, para tirar dúvidas e falar mais sobre a doença. “Com medidas simples e de cidadania é fácil evitar a dengue”, disse.

Segundo ele, infelizmente é possível que a dengue evolua rapidamente para um quadro fatal. “Além da febre e da dor no corpo, ela pode evoluir em pouquíssimo tempo para algo mais grave, até com a morte do paciente”, falou Maulori.

No palco, ele mostrou como se faz a “mosquitérica”, que é uma armadilha para os mosquitos. Aprenda a fazer a sua:

Mosquitérica - como funciona 
1) A borda da mosquitérica tem por característica ser uma borda bichada, áspera o que facilita a formação de uma película. A água sobe por capilaridade e forma uma película. “Você tem uma lâmina natural e uma película fininha, quanto mais evapora, mais constante sobe.", explica Maulori.

2) Para garantir que a água terá micróbios para alimentar as larvas é colocado na mosquitérica alpiste ou grama. Quando eclodem as larvas comem no fundo do recipiente.
3) Dentro da mosquitérica há uma microtela. "É um tecido cujos fios distam 0,5 cm de quadrado. As larvas que estão na lâmina da água sabem por instinto que o alimento está no fundo. Então mergulham, atravessam a malha, comem e crescem. E quando tentam voltar para a superfície não conseguem mais atravessar a malha. Eis a armadilha!", finaliza os especialistas.

 Armadilha letal para mosquitos, temperada com atitude de civilidade
Prevenir a dengue deve ser uma obrigação de cada cidadão. Não deixar pneus, embalagens e recipientes acumulando água é a maneira mais importante para evitar a proliferação de mosquitos, inclusive dos Aedes aegypti. Com uma simples garrafa pet de um e meio a dois litros, é possível fazer uma armadilha que retira do ambiente as futuras gerações de mosquitos.
Construir uma Mosquitoeira genérica – mosquitérica- é muito simples. O segredo é a motivação para executar as etapas apresentadas a seguir. Depois de pronta, ela vai atrair as fêmeas de mosquitos para depositarem seus ovos naquela maternidade. Os ovos ficam fixados na borda interna da tampa da mosquitérica, pouco acima da lâmina dágua
Como a água evapora muito rápido na mosquitérica, as fêmeas depositam os ovos cada vez mais abaixo e quando você completar o nível da água, os ovos serão encharcados. As larvas de Aedes aegypti que eclodirem desses ovos ficarão presas dentro da mosquitoeira e assim permanecem durante todas as suas formas de vida: larva, pupa e adulto alado.