quarta-feira, 15 de setembro de 2010

- Mosquitérica

MAIS VOCÊ FAZ ALERTA PARA OS PERIGOS DA DENGUE

15.SET.2010
                          UTILIDADE  PÚBLICA




Microbiologista Maulori Cabral


            Você achava que a dengue estava sob controle? Pois saiba que não está, não, e os números são bem preocupantes. O último balanço do Ministério da Saúde, relativo aos meses de janeiro a julho indica que já são 789 mil casos contra 305 mil no mesmo período de 2009. Um salto de quase 160% de um ano para o outro.
            São oito os estados brasileiros que concentram 75% das notificações de casos de dengue no Brasil: Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Os seis primeiros apresentam as mais altas incidências, ou seja, mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes. São Paulo e Minas Gerais se destacam pelo número absoluto de casos. São Paulo com 187.460 e Minas com 182.789 notificações.

Dengue neurológica
E uma das descobertas mais preocupantes foi a de um tipo de manifestação da dengue difícil de ser identificada e perigosa: a dengue neurológica ou neurodengue. O paciente pode até perder os movimentos do corpo ou ter dificuldade para respirar. Não se trata de uma nova doença, mas de uma complicação da dengue tradicional. Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, de 1% a 5% dos casos de dengue podem desenvolver a forma neurológica. O importante é que tem tratamento e por isso o médico precisa ser bem informado dos sintomas.

Diante de dados alarmantes, Ana Maria chamou o doutor Maulori Cabral, que é um incansável pesquisador da dengue e especializado em microbiologia, para tirar dúvidas e falar mais sobre a doença. “Com medidas simples e de cidadania é fácil evitar a dengue”, disse.

Segundo ele, infelizmente é possível que a dengue evolua rapidamente para um quadro fatal. “Além da febre e da dor no corpo, ela pode evoluir em pouquíssimo tempo para algo mais grave, até com a morte do paciente”, falou Maulori.

No palco, ele mostrou como se faz a “mosquitérica”, que é uma armadilha para os mosquitos. Aprenda a fazer a sua:

Mosquitérica - como funciona 
1) A borda da mosquitérica tem por característica ser uma borda bichada, áspera o que facilita a formação de uma película. A água sobe por capilaridade e forma uma película. “Você tem uma lâmina natural e uma película fininha, quanto mais evapora, mais constante sobe.", explica Maulori.

2) Para garantir que a água terá micróbios para alimentar as larvas é colocado na mosquitérica alpiste ou grama. Quando eclodem as larvas comem no fundo do recipiente.
3) Dentro da mosquitérica há uma microtela. "É um tecido cujos fios distam 0,5 cm de quadrado. As larvas que estão na lâmina da água sabem por instinto que o alimento está no fundo. Então mergulham, atravessam a malha, comem e crescem. E quando tentam voltar para a superfície não conseguem mais atravessar a malha. Eis a armadilha!", finaliza os especialistas.

 Armadilha letal para mosquitos, temperada com atitude de civilidade
Prevenir a dengue deve ser uma obrigação de cada cidadão. Não deixar pneus, embalagens e recipientes acumulando água é a maneira mais importante para evitar a proliferação de mosquitos, inclusive dos Aedes aegypti. Com uma simples garrafa pet de um e meio a dois litros, é possível fazer uma armadilha que retira do ambiente as futuras gerações de mosquitos.
Construir uma Mosquitoeira genérica – mosquitérica- é muito simples. O segredo é a motivação para executar as etapas apresentadas a seguir. Depois de pronta, ela vai atrair as fêmeas de mosquitos para depositarem seus ovos naquela maternidade. Os ovos ficam fixados na borda interna da tampa da mosquitérica, pouco acima da lâmina dágua
Como a água evapora muito rápido na mosquitérica, as fêmeas depositam os ovos cada vez mais abaixo e quando você completar o nível da água, os ovos serão encharcados. As larvas de Aedes aegypti que eclodirem desses ovos ficarão presas dentro da mosquitoeira e assim permanecem durante todas as suas formas de vida: larva, pupa e adulto alado.






Nenhum comentário:

Postar um comentário