segunda-feira, 2 de julho de 2012

- Maceió (AL) de 20 a 27/JUNHO/2012

Maceió (AL) de 20 a 27/JUNHO/2012
Viajamos pela GOOL (Smiles) e nos hospedamos no Maceió Mar Hotel (Padrão quatro estrelas) e nos deixamos encantar, tanto com o hotel e sua culinária variada e internacional (francesa, espanhola e portuguesa, entre outras) quanto a praia Ponta Verde, um dos cartões postais da cidade. Foi uma gloriosa experiência. Foram iguarias regionais de origem indígena e africana, como tapioca, cuscuz de milho, massa puba, arroz doce, batata doce, inhame e macaxeira com carne de sol, beiju, grude de goma, pé de moleque e munguzá. Tudo isso e ainda a canjica e a pamonha costumam ser servidas nos cafés da manhã e a noite. Frutos do mar também entram no cardápio, assim como a culinária de peixes com as tradicionais peixadas regadas a leite de coco e molho de pimenta, crustáceos, mariscos, moluscos, lagostas, camarões, fritadas de siri e sururu. Apesar de serem muito bons, meu livro “RECEITAS, CULTURA, HUMOR” fez sucesso na cozinha do hotel. Você poderá obtê-lo no meu blog afabiobrasil.blogspot.com. Vamos interagir!
Maceió (l milhão de habitantes), capital de Alagoas, turísticamente falando, é conhecida como Paraíso das Águas. Um lugar de lindas praias encravadas entre coqueiros, mangues e um belíssimo mar com piscinas naturais de cor com nuances que variam entre o verde claro e o azul turquesa, piscinas naturais e areias douradas que encantam qualquer visitante. São praias incríveis até na parte urbana da cidade. Maceió é incapaz de desapontar seus visitantes. Tentei percorrer passo a passo grande parte dos 40 km de praias e não me decepcionei.
A orla de Maceió tem uma boa infraestrutura que conta com ciclovia e um imenso calçadão. Não muito longe ficam as atrações culturais, especialmente no centro da cidade. Igrejas em estilos distintos – do gótico ao barroco – estão espalhadas pela região. No bairro histórico do Jaraguá, estão localizados armazéns e casarões do século XIX. Infelizmente sou obrigado a registrar que em Maceió tem pedintes demais e a limpeza urbana é precária. Que dó!

Praia de Ponta  Verde
 Alguns pontos turísticos que visitamos: Feirinha da Pajuçara (muito boa) - Artesanato do Pontal da Barra (muito sujo – é lá que a TV mostrou o Trem passando e o pessoal correndo para tirar as mercadorias dos trilhos. Foi melhorado, mas - nota 2 -  Mirante São Gonçalo (vale a pena) - Passeio das Sete Ilhas (muito bom) -  Piscina Natural da Pajuçara e Maragogi (nos fazem lembrar de Recife de Fora de Porto Seguro – bom). Foi um dó pegarmos uma chuva bem grossa -  Praias da Costa Sul: Barra de São Miguel, Francês e Gunga (maravilhosas) - Praias da Costa Norte: Barra de Santo Antônio, Praia de Carro Quebrado e Ilha da Crôa (bom passeio) - Praias Urbanas: Cruz das Almas, Jatiúca, Pajuçara, Ponta Verde, Pontal da Barra e Sobral (boas praias).

Praia de Ponta Verde - Praia de mar calmo e águas transparentes, muitos coqueiros e piscinas naturais formadas por arrecifes. Concentra algumas das melhores opções de hotéis em Maceió e é o ponto de encontro dos jovens. Esse hotel preto ai é o hotel Maceió Mar, onde ficamos hospedados.




Praia de Pajuçara
 
Praia de Pajuçara - a maior atração é o passeio de jangada até a piscina natural que se forma na maré baixa entre arrecifes e bancos de areia, a 2 km da costa de Maceió. Nos finais de semana, Pajuçara ganha bares flutuantes, que servem bebidas e tira-gosto com água à altura da cintura.


Nela também está localizada a “feirinha”, principal ponto de artesanato da cidade.

Dunas de Marapé
Dunas  de Marapé
Dunas de Marapé
DUNAS DE MARAPÉ Esse local, que não tem dunas, fica a 65 km da Capital e é um lugar lindo e gostoso de se ficar o dia todo. De um lado o mar com piscinas naturais e do outro lado um  rio de água doce e uma lagoa
onde você poderá se banhar deliciosamente. Você pode perceber o contraste das águas escuras da Lagoa de Jequiá com o azul turquesa do oceano atlântico.  O manguezal, que circunda toda a orla, é um grande berçário natural para inúmeras espécies de peixes, crustáceos e moluscos. Siris e caranguejos seduzem nativos e visitantes e todo o complexo é protegido pelo IBAMA. O quiosque da praia é bom e o restaurante nem tanto. Assim como todas as praias da região a água é morna e agradável. Os micos fazem sucesso e encantam adultos e crianças. Mansos, comem na mão das pessoas e oferecem a cabeça para um breve cafuné.


Praia do Francês




Praia do Francês

Praia do Francês - Uma das mais belas do litoral sul. Sua enseada é formada por uma extensa barreira de recife, que forma uma belíssima piscina natural, com intensa fauna marinha e águas que vão do azul turquesa ao verde.


Barra de São Miguel


Barra de São Miguel


Barra de São MiguelPegamos esse barco (TAXI R$ 25 p/pessoa) e 10 km mar adentro. Paramos nos arrecifes (veja a mesa) para uns drinks com ou sem álcool e seguimos mais 5 km, com emoção, até a praia do Gunga.

Pria do Gunga
Praia do Gunga - Praia de areia branca, emoldurada por coqueiros, que avança mar adentro, unindo as águas do rio São Miguel com o oceano. O lugar que mais gostei.
Interessante - Nas barracas de praia você não precisa se dirigir ao garçom. É só levantar uma bandeirinha afixada na haste de alumínio e ele logo vem atender.

Falésias
Da maravilhosa praia do Gunga partimos para as
 Falésias de Bugre (R$ 30 pessoa) semelhante a Canoa Quebrada de Fortaleza. Uma hora após já estávamos nos deliciando com um farto almoço na praia do Gunga. Música ao vivo e água morna, tanto do mar quanto da lagoa e o rio.




Foz do rio São Francisco  

Deixei para falar no fim sobre o Delta do São Francisco ou Foz do rio São Francisco e do seu encontro com o Oceano Atlântico.
Desde o tempo em que lecionava geografia já sabia que designa-se por delta a foz de um rio formada por vários canais ou braços do leito do rio. Esse tipo de foz é comum em rios de planícies, devido à pequena declividade e, consequentemente, pequena capacidade de descarga de água, o que favorece o acúmulo de areia e aluviões na foz do rio. Sua nascente  real e geográfica está localizada no município de Medeiros, Minas Gerais. Na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, encontra-se a aproximadamente 1200 metros de altitude a chamada nascente histórica, a qual por muito tempo se pensou ser a nascente real. O rio também atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas, e, por fim, deságua no Oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 641 000 km² e atingindo 2 830 km de extensão. Seu nome indígena é Opará e também é carinhosamente chamado Velho Chico.

O Brasil possui 11% de toda água doce do mundo. É maravilhoso saber como fomos abençoados por Deus, mas será que não cometeremos os mesmos erros das grandes nações? O Rio Poxim em Sergipe foi considerado uns dos rios mais poluídos. O avanço da industrialização e desenvolvimento podem colocar em risco toda nossa riqueza. 

Por isso acredito que com a nova Lei de Política de Resíduos através da responsabilidade compartilhada, todos seremos responsabilizados e não somente o Estado. Temos que preservar antes que acabe. Imagine que guerras poderão ser travadas pelo domínio de água, temos que cobrar do governo a saneamento básico que consta como obrigação dos municípios na nova lei da Política nacional de resíduos.
Coloquei essas fotos, que tirei quando fui conhecer a Foz do Rio São Francisco. Vejam a imensidão de água doce que some no horizonte. Maravilhoso! Não sabia que as águas do rio São Francisco eram esverdeadas e não da cor de terra. O rio separa os estados de Alagoas e Recife.

O encontro das águas do Rio São Francisco com o mar de Alagoas ganha a moldura de dunas douradas, formando um delta com coqueiros e imensas lagoas de águas esverdeadas e azuis. Nesse local de mais ou menos 3 km de largura por uma profundidade média de 15 m que atinge até 25 metros de profundidade.

O município ribeirinho alagoano de Piaçabuçu, assim como outros de Sergipe, por conta de sua formação geológica é quase todo formado de dunas e restingas, intercaladas por lagoas e apicuns, onde se pode visualizar o encontro do Velho Chico com o Oceano Atlântico. E é neste cenário que fica o Cabeço, situado às margens do rio São Francisco, um povoado que era uma comunidade tradicional de pescadores que foram obrigados a fugir das forças das águas por conta da diminuição da vazão do São Francisco, devido ao seu represamento em 1995, para construção da usina de Xingó, que causou um desequilíbrio na foz entre as forças do rio e do oceano. O oceano invadiu o Velho Chico que, por conta disso, tem agora suas águas salobras e muitos dos seus peixes desapareceram. Conhecemos um símbolo da existência deste povoado, o Farol do Cabeço, que foi construído pelos holandeses em 1870. Cravado no meio do mar, o Farol é a única testemunha da vila que está agora submersa aos seus pés.
Estão nos meus planos conhecer o Cânion do Xingó onde o Rio São Francisco foi represado, a profundidade chega a 150 metros. Dá pra imaginar quanta água temos !!! Só não fomos lá dessa vez porque dista mais de 300 km de Maceió.
Na Foz do rio São Francisco, no encontro do Velho Chico com as águas do mar, forma-se um dos mais belos cartões postais de Alagoas.

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